sábado, 19 de dezembro de 2009
Como fazer durar um amor...
Uma mãe e a sua filha estavam a caminhar pela praia.
A certo ponto, a menina perguntou:
- " Como se faz para manter um amor ? "
A mãe olhou para a filha e respondeu:
-" Pega num pouco de areia e fecha a mão com força..."
A menina assim fez e reparou que quanto mais forte apertava a areia com a mão com mais velocidade a areia se escapava.
-" Mãe, mas assim a areia cai !!! "
-" Eu sei, agora abre completamente a mão..."
A menina assim fez mas veio um vento forte e levou consigo a areia que restava na sua mão.
- " Assim também não consigo mantê-la na minha mão!"
A mãe, sempre a sorrir disse-lhe:
-" Agora pega outra vez num pouco de areia e deixa-a na mão semi-aberta como se fosse uma colher... bastante fechada para protegê-la e bastante aberta para lhe dar liberdade."
A menina experimenta e vê que a areia não se escapa da mão e está protegida do vento.
-" É assim que se faz durar um amor..."
Aprende, M. - este é para ti!
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domingo, 13 de dezembro de 2009
Um breve Adeus... até ao nosso reencontro...
Não me esqueço de ti...
Recordo sempre aquele sorriso, aquele terno olhar, aquele gesto inesperado...
Nas nossas férias, de manhã ao acordar ouvia barulho na cozinha, levantava-me e perguntava-te: "Que estás a fazer?" e tu,inocentemente tentando ocultar-me um pecado sem sentido
respondias apenas: " Nada...!"
Eu olhava para ti e via pedacinhos de chocolate á volta dos teus lábios, " Isso faz-te mal, sabes disso!"
E tu, olhavas para mim e fingias que nada se passava, quase parecendo que nao tinha acabado de te advertir...
No fundo, achava imensa piada apanhar-te nessas situações, porque logo a seguir riamo-nos que nem "uns perdidos"!
Hoje sinto saudades de tudo o que te disse, de tudo o que me dizias,dessas situações, das nossas caminhadas pelos montes e
vales contando as histórias mais disparatadas das nossas vidas e, quando encontravamos um lago deitavamo-nos perto dele e
sabíamos que ali seria o momento certo para falarmos de assuntos mais sérios...
" Hoje acordei com uma ligeira dor de cabeça..." - dizias-me.
E eu suavemente arrastava-me até ti, virava a tua face para a minha e com toda a doçura te dava um beijo...
" Aposto que estás melhor agora!" - respondia eu. E tu sorrias para
mim e confirmavas, como que se o meu beijo fosse milagroso... Quem dera que fosse!
Ficavamos a tarde toda deitados á beira de um lago, a conversar, agarrados um ao outro como se o momento fosse eterno e nós desejassemos que assim fosse...
Noutros dias, ouvia barulho de uma mota á porta de casa e sabia que eras tu...
Corria pela casa, abria a porta da rua e lá estavas tu com aquele teu sorriso enorme...
" Hoje vamos pelo Mundo!" - Avisavas-me.
E eu ria-me e ia, porque sabia que em ti podia confiar.
Andar de mota, algo que te fazia sentir livre... essa liberdade que te oferecia aqueles momentos sem dor... e eu sentia-me orgulhosa por os partilhares comigo.
Iamos pelo Mundo, tal como me havias avisado... o teu mundo, porque em cada ida nossa fazias questão de me mostrar os lugares que achavas especiais e era com enorme emoção me dizias:
" Este é mais um lugar especial que partilho contigo,porque não há mais ninguém que mereça esta minha partilha!"...
Quanta saudade!
Em troca, eu levava-te aos meus "Lugares especiais" e partilhava contigo o Porque de os sentir assim...
Ainda noutras alturas, telefonavas-me e ficavamos 1 hora a falar sobre o nosso dia, como tinha corrido o trabalho, como me sentia, como te sentias... " Hoje foi um bom dia! As dores diminuiram, parece-me!" - e eu ficava tão contente! Tão Feliz por sabe-lo!
Jantares, almoços, saídas, as noites de Karaoke com todos os nossos amigos, o carinho que todos sentíamos uns pelos outros... Os beijos trocados em tantas situações, por vezes arrufos sem sentido terminados num abraço...
...
Telefonema: " Não está a reagir..."
Ambulância... 23h da noite...
Máquinas... tubos... Desespero...
...
" Partiu..." - a palavra que me vem a memoria...
"Partiu..." - naquela manhã de Março...
Uma mãe a chorar sem Norte... E eu sem Sul... Lágrimas a rolar pela face de todos os que te amavam...
...
Olho a tua fotografia mas o que busco não está nela...
...
Ontem fui ao lago, deitei-me sozinha e falei contigo...
Ouviste-me? Eu Sei que ontem também me ouviste!
Saudades meu querido Alexandre, muitas saudades...
Em Memória de Alexandre M.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Às vezes é preciso...
Às vezes é preciso aprender a
perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes, é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que mais se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma. Às vezes, mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer. No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida. Às vezes, é preciso abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar fora a chave. Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho, mesmo que não haja caminho, porque o caminho se faz a andar. O sol, o vento o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então, esquecer...
perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes, é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que mais se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma. Às vezes, mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer. No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida. Às vezes, é preciso abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar fora a chave. Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho, mesmo que não haja caminho, porque o caminho se faz a andar. O sol, o vento o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então, esquecer...
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