segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lembranças de uma "aventura"...

Eu costumava ve-lo por variadas vezes, esperando o mesmo autocarro que eu, sempre que ia visitar o meu pai ao Norte.
Já lhe havia fixado a expressão e cheguei a pensar para mim mesma: "Tenho que conhecer este gajo...", mas era um pensamento rápido e fugidio...
Um dia estava a beber café num bar e vejo-o a entrar. O meu irmão conhecia-o, pois reparei que se cruzaram e cumprimentaram, e inclusive, a mais uns quantos amigos meus. Questionei o meu irmão sobre quem era tal pessoa, ao que me respondeu ( confirmando o que eu havia pensado) que se chamava Leonardo e que era militar em Lisboa.
Passados 3 meses de o ver sempre no mesmo autocarro, eis que na semana passada ( sábado), estava eu a dançar numa discoteca, lá para os lados da "terrinha" e com uns bons copos já bebidos, deparo-me com o próprio a dançar mesmo ao meu lado...
Alcoolicamente bem disposta, meto logo conversa com ele e percebo que se encontrava exactamente com a mesma disposição que eu...
Dançámos, dançámos, conversámos ( sei lá eu como... no estado em que já me encontrava!) e por fim, ele pediu-me o meu número. Disse-lhe que certamente apanharíamos o mesmo autocarro de regresso e concluí que estavamos bem perto um do outro cá por Lisboa.
A despedida foi no minimo interessante: um beijo na face e um beijo roubado nos lábios...
Domingo - 17h, pois lá estava ele precisamente no mesmo sítio que eu à espera do autocarro. Viemos juntos, trocámos algumas impressões; chegados a Lisboa ainda estivemos a conversar mais cerca de 30m....
O interesse em saber mais acerca um do outro era recíproco, obviamente.
Toda a semana nos falámos e combinámos de partir rumo ao norte ( uma vez mais), na sexta-feira ( esta que passou) pelas 14h. Encontrámo-nos à hora marcada... e seguimos caminho.
Já no autocarro, os nossos olhares eram cúmplices; as brincadeiras constantes... e sendo ambos pessoas até que directas, levámos a conversa ao limite do possível.
Sentia-me atraída por aquele homem de 1.89m.... aquele olhar dele e o sorriso fascinavam-me. Fascinavam-me ao ponto de o desejar...
E eis que focámos tal aspecto e afinal, o desejo, era recíproco também...
Uma amiga minha de Lisboa, viria ter comigo ao Centro da Cidade pelas 23h, pois íamos a uma festa comum no sábado, e eu tinha prometido ir busca-la ao terminal do autocarro; pelo que não pude combinar nada certo com ele. mas não consegui deixar de lhe enviar uma mensagem... contudo, não obtive resposta.
00.20m, chego novamente à Vila ( já com a minha amiga, o meu irmão e outro amigo) e encontro no barzinho do costume, os amigos de sempre e a jogar snooker vejo-o também.
Aproximei-me e perguntei-lhe se havia lido a minha mensagem; respondeu-me que o telemovel tinha ficado no carro e perguntou-me o que tinha escrito. Não lhe respondi, disse-lhe para verificar apenas...
Avisei-o que em 15/20m, iríamos todos para um outro espaço nocturno e pedi-lhe para aparecer 8 mas não tinha grandes esperanças...)
Segui juntamente com os amigos e passados 10m de estar na discoteca, eis que o vejo a entrar. Chamei-o e fiz questão que se sentasse perto de nós.
Conversámos bastante e passada 1h, perguntei-lhe se poderia ir dar uma volta comigo. Prontificou-se de imediato...
Justifiquei-me ao meu irmão e amiga, mas não aos restantes. Saí e entrámos dentro do carro...
Aquele olhar derretia-me e o desejo aumentava e aumentava...
Parámos o carro e somente lhe disse: "Sem compromissos!", ao que me respondeu de imediato, o mesmo.
E foi ali... ali mesmo... Fizemo-lo... beijamo-nos intensamente; a minha respiração... a sua respiração ofegante, os vidros embaciados...
Prometemos guardar segredo por motivos que sabíamos e disse-lhe no final: " Se não entrar em contacto contigo nos próximos tempos, não quero que penses que me afastei... somente quero que fiques com esta nossa lembrança e que sempre que nos cruzarmos, a gente se cumprimente com o sorriso habitual e que a nossa amizade seja duradoura." - concordou.
Telefonei para o meu irmão, disse-me que tinham ido para outro local e ele deixou-me lá...
O resto da noite? Pois o resto da noite foi passada a dançar ( ñao sei como ainda me aguentava) e a conviver com todos.
O meu olhar... o meu olhar trazia o brilhozinho e a contentação de saber que tinha valido a pena!
Ontem vi-o... eu estava a chorar ao falar com um amigo de infância... Olhou para mim equivocado e cumprimentou-me a medo por me ver chorar.
Mais tarde aproximei-me dele, pedi-lhe desculpa por me ter visto naquele estado e despedi-me pois estava de regresso a Lisboa. Desejou-me boa viagem e demos um abraço.
Quando entraremos novamente em contacto? Pois não sei...
Gosto de lembranças... Gosto da sensação de me poder lembrar dele com um sorriso sincero nos lábios...

Gosto de bons momentos, gosto da saudade... ou da sensação de deseja-lo e não o ter...
Gosto!


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