"Aqueles que me tocaram a alma, não conseguiram despertar o meu corpo, e aqueles que tocaram o meu corpo não conseguiram alcançar a minha alma..."
Há muito tempo que não pensava em algo chamado amor. Parecia que ele fugia de mim, como se já não fosse importante, e não se sentisse benvindo...
E durante grande parte da minha breve vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida. É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama plenamente.
E ao ter essa consciência,entendi que às vezes não existe uma segunda oportunidade, e é melhor aceitar os presentes que o mundo oferece.
Tenho que prestar mais atenção ao que anda em meu redor; estar atenta aos pormenores da vida... agradecer e dar valor ao que me proporciona...
Quem já perdeu alguma coisa que tinha como garantida ( algo que já me aconteceu tantas vezes), acaba por compreender que nada lhe pertence.
E concluo também, que a vida é às vezes muito avara... a pessoa passa dias, semanas, meses e anos sem sentir nada de novo. Porém, quando abre uma porta, uma verdadeira avalanche entra pelo espaço aberto. Num momento não se tem nada, no momento seguinte tem-se mais do que conseguimos aguentar.
E aí posso sempre escolher entre ser uma vitima do mundo ou uma aventureira em busca do seu tesouro. É tudo uma questão de como vou olhar a minha vida, tudo uma questão de melhor perspectiva.
Ele chegou há pouco tempo e eu apenas posso esperar que ele fique...
Não se pode dizer à Primavera: " Tomara que chegues logo e que dures bastante." Pode-se apenas dizer: " Vem, e abençoa-me com a tua esperança, e fica o máximo de tempo que puderes."
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