sábado, 11 de setembro de 2010
Bem hajam todos...
E dou por mim tão mais calma...
Creio que a vida se propusera a pregar-me uma enorme partida para que eu compreendesse o sentido dela.
Tantas festas, tantas noitadas, tanto alcool, tantos amigos, tantos homens... amor nenhum, sexo bastante...
Considero-me uma mulher responsável a nível profissional, respeitada a esse nível também; contudo... eu não vivo para o trabalho e quem me conhece dentro do escritório, não me conhece de todo fora dele.
O meu irmão ( aquele que considero a minha alma gémea), tantas e tantas vezes se surpreende comigo... Pergunta-me tantas vezes "Como consegues? Como consegues ser assim? És tão camaleónica..." - e eu sorrio e deixo andar.
A verdade é que não sou um bom exemplo para ele. Tem 25 anos, está naquela idade de arranjar um amor; não quero que passe por tudo o que já passei...
Trabalha, é bastante trabalhador ( orgulha-me que assim seja) e responsável acima da média. Diria mesmo que é responsável acima da média em tudo! Cuida de mim tantas vezes... Sempre que me "porto mal", é a primeira pessoa a rir-se das tolices e a dizer-me naquele seu tom de voz tão pacífico: " Oh sua tolinha... isto passa, deixa lá, não te preocupes!". Chego a pensar que ele é o irmão mais velho.
Aconselho-me com ele, conto-lhe tudo. Mais do que um irmão, é o meu melhor amigo e daria a minha vida e a outra por ele. Creio que o amor que nos une não se esgotará nesta breve vida e retornará numa próxima.
Não sou de facto um exemplo para ele. Sabe de todas as minhas aventuras e eu sei que no fundo, pede a Deus para que eu encontre o meu caminho. Vê-me "sozinha" há tanto tempo e chego a pensar que não namora e me diz que "ah... eu quero é curtir a vida e aproveitar!", pelo simples facto de eu também não amar alguém.
Já cheguei mesmo a pensar que me esconde os "seus amores"... e eu não queria que mos escondesse, porque mais que ninguém, eu somente queria sabe-lo e senti-lo Feliz por ter encontrado uma mulher que o ame e o valorize por tudo de bom que ele é, bem como com todos os defeitos que também possui.
Já não vejo a minha família há algum tempo, por opção própria. Sempre que estava com "os meus", os fins de semana eram sempre apelidados de "Pura loucura", e eu sei que não posso arrastar os que amo, comigo neste mundinho em que vivo.
Recordo-me perfeitamente de numa noite, eu e o meu irmão termos saído para uma discoteca ainda bastante longe do nosso apartamento... Martinis, bacardis, imperiais... Tantas, tantas! Chegou uma altura que olhei para ele e vi-o pálido... socorri-o de imediato. Vomitou muito, muito... ainda na discoteca.
Aguardei que ficasse melhor, entrámos no carro e coloquei-o no banco de trás. Uma amiga que trabalhava na discoteca, quis acompanhar-nos e sentou-se ao seu lado sem nunca lhe largar a mão...
Eu estava completamente alcoolizada, embora ciente do que fazia; mas por bem, um amigo nosso resolveu vir embora e conduziu o nosso carro.
Pela primeira vez, experieenciei algo comum com o meu irmão... entrámos em casa, ambos alcoolizados e acompanhados por amigos. Ela deitou-o na cama e dormiu agarrada a ele até de manhã. O nosso amigo, deitou-me também, deitou-se entretanto ao meu lado e quando acordei de manhã... deparei-me com ele acordado a olhar para mim.
Pela 1ª vez...
Sendo mais velha, temo dar-lhe maus exemplos e embora ele teime em dizer-me que "Não, tu és uma mulher fantástica mana. Nunca ouses pensar que sinto algo por ti que não seja puro amor e gratidão por tudo o que já fizeste por mim, pela mana, por todos. Amo-te e estarei sempre ao teu lado. Mesmo que cometas algo improprio, não te julgarei nunca, porque para mim... és um exemplo a seguir e eu se faço certas coisas, é porque simplesmente quero. Amo-te, sempre!", receio não superar um dia expectativas...
Contudo, hoje dou por mim em casa sozinha... calma, paciente, a ouvir musica relaxante... e a pensar que talvez um dia, eu consiga estar em casa acompanhada... calmamente, pacientemente, ouvindo musica relaxante... nos braços de um amor...
E bem hajam TODAS as pessoas que amo, que quero bem e que me ama, tal como sou...
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