sábado, 11 de setembro de 2010
Será pedir muito?...
E dizem que não há amor como o primeiro...
Realmente, o primeiro grande amor não se esquece, mas todos os outros por quem sentimos algo profundo, mesmo que não o possamos apelidar de grande amor, também não são por certo esquecidos.
Amei muito alguém, com todas as forças que haviam em mim; nele depositei todo o meu bem e o mal... Se o esqueci? Nunca. Impossível esquecer...
Como esquecer? Quem dera pudesse faze-lo mas não posso; quem dera pudesse afagar a dor no peito de me ter dedicado na totalidade e ter tido um fim...
Amei muito um outro alguém... e ele salvou-me. Se o esqueci? Nunca. Impossível esquecer...
Como esquecer? Como esquecer quem nos abre os braços no meio da desgraça? Como esquecer quem nos afaga o cabelo enquanto choramos de dor? Como esquecer quem nos abraça sentidamente e nos limpa as lágrimas olhando nos nossos olhos, pedindo para ver um sorriso nosso?
Magoei o primeiro e magoei o segundo... Também fiquei magoada.
Qual a dor maior? Pois não sei responder... Perder o primeiro grande amor? Ter perdido a paixão arrebatadora que me elevou a alma? Pois não sei...
Se me esqueceram? Não... sei que nunca esquecerão. Fizemos total diferença na vida de cada um.
O primeiro, embora tivesse família: pais, irmãos, avós, tios/as, primos/as... nunca havia sido amado por uma mulher, como o havia sido por mim.
O segundo não tinha o amor de alguém, não tinha o afecto familiar, não tinha pais, não tinha ninguém... e muito embora sempre tivesse tido os seus relacionamentos, nunca havia amado alguém, como me amou a mim.
Ao primeiro, ensinei-lhe a humildade, a coragem, o amor.
Ao segundo, ensinei-lhe a bondade, a segurança, o amor.
Ambos me deram o que de melhor tinham e ambos me ensinaram a confiança, a força...
E vieram mais e tantas outras paixões... que pura e simplesmente se esvaíram como que se de fumo se tratassem. Hoje gostava, amanhã já não... Hoje sim, amanhã não.
Há também os que lamento não terem acontecido por nunca saber o que poderia ter sido...
E é nestas alturas que dou por mim a orar a Deus, pedindo-lhe para que me mostre o caminho certo a seguir... o trilho parece-me apagado, sinto-me muitas vezes sem rasto... e não sei o que fazer. Por isso, tantas vezes fecho os olhos, sigo o meu instinto e acabo por errar... quando me sinto perdida, opto pelo trilho que me parece levar ao horizonte e acabo sempre por esbarrar em mais um Oásis... sedenta de sede, acorro a ele e afinal o Oásis não existe... Ilusão...
E anseio apenas por descobrir um lago, um rio... talvez estes me levem até ao mar...
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Ganharás o teu mar :) Eu akredito e tu akredita tb.
ResponderEliminarBjinhos do joão carrilho
A nós ensinas-nos lições de vida, doçura.
ResponderEliminarAbraço apertado desta admiradora.
Catarina - a menina dos olhos negros.