E há pouco mais de 30m, recebo um telefonema de um número desconhecido...
Perguntam por mim e eu pergunto de volta: " Mas falo com quem?"
Dizem o meu segundo nome... e eu de imediato concluí quem era!
"Como estás?" - interrogo.
"Optimo! Da ultima vez que falámos prometi-te arranjar um número da tua operadora telefónica e cá esta ele! Estou quase a ir para cima... e queria saber se querias vir comigo! Vou na 4ª feira à noite para que na 5ª possa levar o meu sobrinho à escolinha, o seu primeiro dia!" - responde-me.
"Obrigada, mas tenho ainda umas quantas coisas para fazer por Lisboa, pelo que só irei mesmo na 5ª; mas obrigada..." - disse-lhe.
E falámos, falámos e falámos ainda mais...
A nossa amizade desde sempre foi uma espécie daquilo a que se chama "amizade colorida", até ao dia em que ele amou alguém. Dei-lhe total liberdade e sempre o apoiei. Aconselhei-o a seguir com a sua vida em frente, acima de tudo. Houve uma altura em que nos "agarrámos" demais um ao outro e isso foi logo um sinal de que a nossa vida teria que levar um outro rumo. E assim foi.
Durante meio ano, não nos falámos, não nos vimos... mas as circunstâncias da vida levam-nos muitas vezes onde tudo começou.
Contudo, a amizade não voltou a ser a mesma. Eu já não consigo desabafar com ele como antigamente e ele faz um esforço enorme ( porque o sinto), para tentar levar tudo ao mesmo porto.
Icei a âncora do meu barco e ela nunca mais voltou a pousar no mesmo local... e de certa forma, lamento-o. Eu e ele davamo-nos tão bem...
Creio que não se apercebe da total realidade; que as coisas mudam, que os sentimentos se transformam e depois de tudo o que lhe aconteceu - que bem sei não ter sido fácil - permanece onde tudo parou... Mas eu, eu não. Eu voei para outros vales e montes e sou das que raramente regressa à mesma planície...
Vai aperceber-se disso com toda a certeza. Porém, também terá que compreender que por um dia ter sido uma estrela na minha vida, eu quis um pedaço mais de Céu... o que me levou a ver certas situações e momentos, de uma outra perspectiva.
E eu sei que ele vai tentar aproximar-se e eu sei que o vou ferir... mas a vida não é assim mesmo? Uns vão, outros ficam, outros fogem...
É... é isso...
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