sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mae... leva-me.


Mae... e hoje, e todos os dias pudera ter-te ao meu lado...

Mae, hoje especialmente em que precisava de toda a tua força, da tua voz amiga, do teu conselho...

Mae, que saudades sinto de ti, essas saudades que nao conto a alguem, porque te quero tao guardada em mim, que receio que ao conta-las... te perca um bocadinho...

Mae, tanta falta me fazes... Mae, e hoje choro porque te amo e nao te posso ver! Nao posso colmatar toda esta saudade que me preenche, deixando ficar o maior vazio em mim...

Ha quem espere o amor de um homem, o amor de uma mulher, ha quem corra atras da felicidade... e eu, mae? E eu, que somente queria ter o amor de uma mae...

Nao sou menos do que todos os outros que ja perderam a sua mais que tudo, mas cada um de nos sabera a sua dor... e a minha esta a tornar-se impossivel de aguentar, mae...

Porque nao estou bem, porque me sinto perdida uma vez mais, mae...

Por favor, leva-me para junto de ti. Nunca em tempo algum imaginei sentir isto, mas hoje sinto e quero. Leva-me, porque temo que nao me venhas buscar... e eu va mais rapidamente para junto de ti.

Mae, leva-me de mansinho esta noite... vem buscar-me! Senao, eu vou de mansinho ate ti...

Mae, leva-me...

Sou

Habituei-me tanto a ideia de estar so, que desaprendi a dar-me a alguem...

Ja nao sei como faze-lo, como iniciar ciclos amorosos...

Se fico triste? Fico... sinto... sou...

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Em frente!

E olho em meu redor e vejo a carencia que abunda por todos os lados...

E reparo como a vida é curta demais para nao aproveitar o que de melhor ela me oferece!

E sinto que poderia ter muito mais do que tenho!

E imagino como serei daqui por uns anos, mas logo me abstenho dessa ideia, porque acredito que cada dia vale por si e nos é que temos que fazer com que cada um valha a pena!

Em frente é o caminho!
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

E os anos passaram.. e eu... e tu...



Eu estava na janela do quarto dos meus avos...
Olhei para a rua e vi-te a andar de bicicleta... No instante em que os meus olhos te cruzaram, qualquer coisa de magico aconteceu...
Sei que, como garota que era, fiz de tudo para chamar a tua atencao. E consegui!
Acabamos por conhecer-nos.
Passeavamos e eu sabia que tu julgavas que eu era mais velha, aparentemente nao dirias que eu tinha somente 14 anos. Mas num dos nossos passeios, resolvi contar-te, embora nunca me tivesses sequer ousado fazer tal pergunta. Ficaste boquiaberto, surpreendido e baixaste a cabeca... Tu tinhas 20...

Perguntei se havia problemas e respondeste-me que se nao havia para mim, para ti nao haveria tambem.

Em casa, perguntava a minha, pormenores do teu historico familiar. A minha mae havia sido colega da tua e gostava muito do teu pai. Ouvi maravilhosos elogios...

Estava encantada por ti... e os anos passaram, e o nosso amor cresceu com o passar destes.

Foram 6 longos anos, em que assisti a tua ida para a tropa, em que assisti ao nascimento da primeira sobrinha, em que acarinhava os teus pais e restante familia.

Casamos por fim! Foi o dia mais Feliz da nossa vida! Todos os que amavamos, estavam reunidos naquele palco em que nos eramos os actores principais...Cerca de 350 figurantes!

O nosso casamento, quis o destino, que fosse infeliz... Divorciamo-nos. Nada a fazer!

Hoje, apos 7 anos, o nosso olhar cruza-se e sentimos que o amor continua ali, escondido em algum lugar dentro de nos. E sabemos que juntos, nesta vida, nunca mais estaremos!
Rivalidade familiar, problemas que surgiram entretanto... E nos? Que é feito de nos?
A infelicidade ira sempre perseguir-nos, ate que talvez, um dia a gente se reencontre longe deste mundo, longe de tudo, longe de todos...

E bem dentro em mim, ha um pranto... e ha algo que chora tanto e tanto... porque as saudades de ti sao imensas!...
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Retorno ha sempre!

A vida é sem duvida algo de estupendo...

Nao existe nada que façamos, em que nao tenhamos um retorno...

Hoje tive a prova disso!...

Enfim...

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Como acaba um amor? Como começa um Amor?



Como acaba um amor? Como começa um Amor?

Acredito que um Amor nunca acaba. Tantas vezes dizemos para os nossos amigos "ah... eu ja nao o/a amo!", tudo mentira...
Um Amor nunca acaba, fica guardadinho em nós, num lugar especial a que damos o nome de Bau de recordações ...

Quando começa um novo amor? Nao acredito que aconteça de um momento para o outro, nao consigo acreditar que há pessoas que se amam à primeira vista...
Um amor começa quando conseguimos guardar definitivamente o outro amor no bau... quando nos sentimos preparados para assumir uma nova responsabilidade, quando aceitamos outra mudança. Sim, porque amar... amar é uma responsabilidade, a maior de todas as que possamos ter.
Amar, um pai, um filho, um marido, um amante, um amigo... em todos os tipos de amor existe responsabilidade. A responsabilidade de acolher, a mudança de habitos, a adaptação...
Tenho uma dor pequenina em mim por gostar e nao conseguir amar... E quantas vezes, em preces, anseio por conseguir sentir aquela chama que tantos dizem sentir... e quantos nao sentem e fingem...

Fingir para que? ...

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tarde...

E hoje encontrei um amigo... Um amigo que nao via ha muito, muito tempo.

E foi bom ouvi-lo e soube bem ver o seu sorriso...

E a sensacao que tive foi que... ha tanto nele para descobrir, ha tanto em mim para descobrir, ha tanto e tanto em nos para ser descoberto!

E fiquei sentada a olha-lo, a ve-lo sorrir e... nao queria que a tarde terminasse!

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Relembro...

Ultimamente tenho pensado em todas as atitudes e comportamentos que tenho tido ate entao...

Olhando-me ao espelho, sozinha em casa... relembro o que fui, e vejo o que sou.

Relembro cada passo dado... um passo acertado, dois passos errados...

Relembro o nascimento dos irmaos, a alegria imensa sentida! Relembro os aniversarios cheios de cor! Relembro o abraço da minha mae, o sorriso do meu pai, o carinho da minha avo... as vontades do meu avo.
Relembro o meu primeiro beijo, o meu primeiro amor, relembro a primeira vez que gemi de prazer, relembro a primeira noite dormida fora de casa...
Relembro o meu baile de finalistas, o primeiro dia de aulas na faculdade, as noites mal dormidas por estudar e outras tantas por diversao...
Recordo o dia da licenciatura!
Recordo a escolha do meu vestido de noiva, o dia em que entrei na Igreja, o momento em que disse Sim aceito!...

Recordo entretanto, o dia em que me separei, o dia em que me divorciei, o dia em que perdi uma mae, o dia em que perdi um irmao, o dia em que perdi um amigo, o dia em que perdi uma avo...

O dia em que perdi a minha fe, o momento em que chorei como se nao houvesse o amanha...

Relembro o dia da partida do meu pai, relembro o dia em que assumi maiores responsabilidades pelos negocios da familia, contra a minha vontade...

Relembro o dia em que voltei a apaixonar-me, relembro o dia em que fui traida, relembro o dia em que trai tambem...

Relembro os dias e noites de loucura desmedida, os homens que passaram sob o meu corpo, os labios que beijei...

Relembro as lagrimas choradas a noite, deitada na cama...
Relembro tanta e tanta coisa... e sabe bem recordar, apesar de tudo!

Hoje anseio pelo restauro da minha fe... sera pedir muito?
Se me arrependo? Nao, nao me arrependo de nada!

Hoje mesmo sem fe, acredito que tenho mais do que mereço...

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Chuvinha miudinha...



Toda esta epoca me transporta para um lugar vazio que guardo em mim...
O frio que me arrepia a pele... a dor miudinha que nem chuva...

E eu recolho-me em mim mesma e tento nao me expor... mas acredito que esta dor miudinha ja cai em mim ha tanto, tanto tempo...

Onde anda o Sol? Cai chuva, cai... mas Pede ao Sol para vir tambem...

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E se...

E eu tento com que ele nao perceba e fujo...
Mas creio que consegue correr mais do que eu me tenta apanhar...

E eu finjo para mim mesma que isto é somente mais um com o qual me engano, e partindo logo deste pressuposto, nao arrisco...

E se ele soubesse, e se ele percebesse... e questiono-me se ele ja nao se tera dado conta?...

R
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domingo, 14 de novembro de 2010

Beijo...




Pode um beijo falar?...

Um beijo diz sempre tanta, tanta coisa...

Ja beijei, ja fui beijada... Cada beijo me disse algo. Uns pouco, outros muito... outros... nada!

Beija... Beija-me...
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sábado, 13 de novembro de 2010

........

Em muitos momentos da minha vida, esta foi a musica que me acompanhou...
Muitos sorrisos e muitas lagrimas, em silencio...


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??




Sera possivel a paixão nascer do nada, por nada?...
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Lucidez...



De tarde, conversei com um bom amigo meu. Falamos de tudo um pouco. Da nossa vida, do rumo que tomamos, de trabalho, amizades, relacionamentos.
E tive a noção de que realmente o tempo muda as pessoas e de todos nós, eu fui quem mudou mais... e nao acredito que tivesse sido para melhor, o que me deixa bastante abalada...

Tomada de consciencia...Enfim!
Por vezes, nao gosto de ter tanta lucidez!

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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Aiii...

E naqueles dias em que uma enorme confusão se instala na nossa mente?...
Pois, dorme-se sobre o assunto... porque por enquanto nada mais ha a fazer...

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Amigos de infancia

E voltei a encontrar amigos da minha infancia...
Saio de casa e dou de caras com o Helder e o Filipe!
Ha uns bons anos atras, era com eles que fazia as maiores loucuras. Eramos uns quantos: Helder, a joana, o Filipe, a Hugo, a Susana, a Ana, O Luis, o Goncalo, a Andreia, o Fabio... depois juntaram-se mais uns quantos... O Ricardo, o Andre, o Ivan, o Antonio, o Joao...
Saiamos, divertiamo-nos, cantavamos... a alegria e o apoio estavam sempre presentes.
Com o passar do tempo, simplesmente dispersamos...
Foi bom reve-los, sem duvida! Relembrar os bons momentos...
Acabei nesse dia por ir a casa do helder e comentar acerca do casamento da Susana e do Hugo... ja casaram, incrivel! Passaram 12 anos... e finalmente deram o no!
Os primeiros namorados... o apoio para termos iniciativas... todos estes momentos foram partilhados entre nos e ca estavamos juntos uma vez mais.

Gostei desta sensacao de paz e tranquilidade por reve-los e esquecer por momentos a vida que tenho...
Foi muito bom...

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Trocam-se beijos...

Fui de viagem uma vez mais com ele...
Impossivel não nos envolvermos... Durante todo o percurso, beijos foram trocados e caricias...
Damo-nos bem. Somente isso e apenas isso!
Durante o fim de semana, viamo-nos, mas quero crer que tentei fugir e ele, percebeu e disse-mo.

No domingo, retornei com ele...
Mais uma vez impossivel não se trocarem beijos e carinho...
Passo bem sem ele, mas se nos vemos... ha algo que nos motiva a estar juntos e eu percebo que o olhar dele naquele bar, procura sempre pelo meu...

Aquele olhar que me seduz, mas somente isso.... e apenas isso!


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sábado, 30 de outubro de 2010

Para toda a eternidade...

E eu amei-te à chuva...
e eu amei-te tanto...
e eu sem querer... continuo a amar-te, passados todos estes anos...
E irei amar-te por toda a eternidade, esperando encontrar-te numa proxima vida e confiando que sejamos Felizes nela, porque nesta NUNCA o seremos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lembranças de uma "aventura"...

Eu costumava ve-lo por variadas vezes, esperando o mesmo autocarro que eu, sempre que ia visitar o meu pai ao Norte.
Já lhe havia fixado a expressão e cheguei a pensar para mim mesma: "Tenho que conhecer este gajo...", mas era um pensamento rápido e fugidio...
Um dia estava a beber café num bar e vejo-o a entrar. O meu irmão conhecia-o, pois reparei que se cruzaram e cumprimentaram, e inclusive, a mais uns quantos amigos meus. Questionei o meu irmão sobre quem era tal pessoa, ao que me respondeu ( confirmando o que eu havia pensado) que se chamava Leonardo e que era militar em Lisboa.
Passados 3 meses de o ver sempre no mesmo autocarro, eis que na semana passada ( sábado), estava eu a dançar numa discoteca, lá para os lados da "terrinha" e com uns bons copos já bebidos, deparo-me com o próprio a dançar mesmo ao meu lado...
Alcoolicamente bem disposta, meto logo conversa com ele e percebo que se encontrava exactamente com a mesma disposição que eu...
Dançámos, dançámos, conversámos ( sei lá eu como... no estado em que já me encontrava!) e por fim, ele pediu-me o meu número. Disse-lhe que certamente apanharíamos o mesmo autocarro de regresso e concluí que estavamos bem perto um do outro cá por Lisboa.
A despedida foi no minimo interessante: um beijo na face e um beijo roubado nos lábios...
Domingo - 17h, pois lá estava ele precisamente no mesmo sítio que eu à espera do autocarro. Viemos juntos, trocámos algumas impressões; chegados a Lisboa ainda estivemos a conversar mais cerca de 30m....
O interesse em saber mais acerca um do outro era recíproco, obviamente.
Toda a semana nos falámos e combinámos de partir rumo ao norte ( uma vez mais), na sexta-feira ( esta que passou) pelas 14h. Encontrámo-nos à hora marcada... e seguimos caminho.
Já no autocarro, os nossos olhares eram cúmplices; as brincadeiras constantes... e sendo ambos pessoas até que directas, levámos a conversa ao limite do possível.
Sentia-me atraída por aquele homem de 1.89m.... aquele olhar dele e o sorriso fascinavam-me. Fascinavam-me ao ponto de o desejar...
E eis que focámos tal aspecto e afinal, o desejo, era recíproco também...
Uma amiga minha de Lisboa, viria ter comigo ao Centro da Cidade pelas 23h, pois íamos a uma festa comum no sábado, e eu tinha prometido ir busca-la ao terminal do autocarro; pelo que não pude combinar nada certo com ele. mas não consegui deixar de lhe enviar uma mensagem... contudo, não obtive resposta.
00.20m, chego novamente à Vila ( já com a minha amiga, o meu irmão e outro amigo) e encontro no barzinho do costume, os amigos de sempre e a jogar snooker vejo-o também.
Aproximei-me e perguntei-lhe se havia lido a minha mensagem; respondeu-me que o telemovel tinha ficado no carro e perguntou-me o que tinha escrito. Não lhe respondi, disse-lhe para verificar apenas...
Avisei-o que em 15/20m, iríamos todos para um outro espaço nocturno e pedi-lhe para aparecer 8 mas não tinha grandes esperanças...)
Segui juntamente com os amigos e passados 10m de estar na discoteca, eis que o vejo a entrar. Chamei-o e fiz questão que se sentasse perto de nós.
Conversámos bastante e passada 1h, perguntei-lhe se poderia ir dar uma volta comigo. Prontificou-se de imediato...
Justifiquei-me ao meu irmão e amiga, mas não aos restantes. Saí e entrámos dentro do carro...
Aquele olhar derretia-me e o desejo aumentava e aumentava...
Parámos o carro e somente lhe disse: "Sem compromissos!", ao que me respondeu de imediato, o mesmo.
E foi ali... ali mesmo... Fizemo-lo... beijamo-nos intensamente; a minha respiração... a sua respiração ofegante, os vidros embaciados...
Prometemos guardar segredo por motivos que sabíamos e disse-lhe no final: " Se não entrar em contacto contigo nos próximos tempos, não quero que penses que me afastei... somente quero que fiques com esta nossa lembrança e que sempre que nos cruzarmos, a gente se cumprimente com o sorriso habitual e que a nossa amizade seja duradoura." - concordou.
Telefonei para o meu irmão, disse-me que tinham ido para outro local e ele deixou-me lá...
O resto da noite? Pois o resto da noite foi passada a dançar ( ñao sei como ainda me aguentava) e a conviver com todos.
O meu olhar... o meu olhar trazia o brilhozinho e a contentação de saber que tinha valido a pena!
Ontem vi-o... eu estava a chorar ao falar com um amigo de infância... Olhou para mim equivocado e cumprimentou-me a medo por me ver chorar.
Mais tarde aproximei-me dele, pedi-lhe desculpa por me ter visto naquele estado e despedi-me pois estava de regresso a Lisboa. Desejou-me boa viagem e demos um abraço.
Quando entraremos novamente em contacto? Pois não sei...
Gosto de lembranças... Gosto da sensação de me poder lembrar dele com um sorriso sincero nos lábios...

Gosto de bons momentos, gosto da saudade... ou da sensação de deseja-lo e não o ter...
Gosto!


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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vida nova!

Vida nova!

A minha vida irá mudar uma vez mais... para melhor? Pois assim espero!

Carpe Diem!

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Eu nunca gostei...

Tinha 4 anos... não sei como ainda me consigo recordar desta manhã...
- " Vens com o pai e a mãe ali abaixo a uma lojinha" - diz-me a minha mãe.

E lá fomos nós... Chegados à loja, vi a minha mãe a apontar para um peluche que era bem maior do que eu: a pantera Cor-de-Rosa.
Reparei que a Srª da loja a embrulhava e olhava para mim ao mesmo tempo... creio que com um certo dó e eu não sabia porquê. Os olhos castanhos, olhar profundo a olhar os meus olhos... os óculos seguros na ponta do nariz...
A caminho de casa, os meus pais seguravam ambos aquele embrulho e eu recordo-me de ir atrás deles pelo caminho e de me sentir confusa... Foi quando de repente, pararam defronte a umas escadas e a minha mãe me disse: "Vês, o Pai Natal somos nós! É o pai e a mãe." - a forma como mo disse, não sei ainda porquê, feriu-me a alma... Tão segura das suas palavras, tão frontal... tão directa à menina que fui um dia.

Olhei para ambos, baixei a cabeça e abanei-a como que se dissesse que "sim, tudo bem... compreendo"...

Pantera Cor-de-Rosa...

Aos 5 anos de idade, tinha uns cabelos loiros longuíssimos... tantos e tantos caracóis, que me recordo perfeitamente de sair do banho, sentar-me defronte ao espelho para que a minha mãe me ajudasse a pentea-los, e estando molhados e por sinal, lisos, conseguia sentar-me em cima dos meus longos cabelos.
"Amanhã vais cortar o teu cabelo. Ficará como os meninos o têm" - disse-me a minha mãe.
Defronte ao espelho, chorei... chorei sem abrir a boca, sem gritar, sem negar... Baixei a cabeça e simplesmente chorei.
recordo-me da cabeleireira dizer para que não os cortasse tanto, porque eram belíssímos... mas Zasss! Caíram como neve em pleno Inverno...

Cabelos Curtos...

Aos 6 anos, enquanto aguardava a chegada da minha mãe, e a brincar com um primo, caí de um muro... bati com olho numa pedra pontiaguda e o olho literalmente ficou "pendurado"... Não senti dor, não senti nada.
Vi a minha mãe chegar, gritar, pegar numa toalha, tapar-me o olho com ela e olhar para mim com dó...
"Não chores mãe, não me dói..." - dizia-lhe.
Via o seu desespero, mas não o entendia. Senti a presença do meu tio que me agarrou ao colo, enfiou-me no carro e lembro-me de o ouvir dizer que iamos directamente para os Bombeiros.
Lembro-me do som das sirenes; lembro-me de estar deitada nos seus braços e de ele mesmo assim, agarrar na oportunidade para "engatar" as senhoras que estavam na sala de espera, dizendo que era meu pai solteiro... Recordo-me também de: "Meu deus, como a menina está... que horror!" - o espanto das senhoras...
Entrei numa sala deitada numa maca e as dores por fim chegaram... Eram insuportáveis e eu via o Bombeiro a pegar naquela agulha enorme e a querer cozer o olho... e eu somente chamava a minha mãe e ela não estava...

Não senti dor, não senti nada...

Aos 8 anos, em plena festa de aniversário senti-me mal... caí no chão sem conseguir respirar.
Foram-me diagnosticados problemas cardíacos. Por incrível que pareça, talvez tenha sido o período em que me senti mais acarinhada...

Não conseguia respirar...

Aos 10 anos, vi o meu pai partir... e doeu, doeu mas superei. Era criança, a dor era menor e talvez não fosse tão sentida...

O meu pai partiu...


Aos 14 anos, apaixonei-me pela 1ª vez. Ele tinha 20 anos, e nunca lhe esquecerei os olhos verdes... nunca O esquecerei, Nunca.

Apaixonei-me...

Aos 17 anos, vi o meu pai regressar. Foi um choque voltar a ter uma figura adulta e masculina em casa. Eu, menina mulher, habituada a gerir a casa, a cuidar da minha mãe e dos irmãos... vi regressar o "chefe de família" e não aceitei como devia. Senti o meu lugar roubado... e revoltei-me.

Foi um choque...

Aos 18 anos, já na faculdade, comecei a desligar-me de valores que tinha até então... e fui perdendo a minha fé em Deus. A minha mãe era uma mulher doente e algo maior se havia apoderado da minha alma.

Fui perdendo a minha fé...

Aos 20 anos, estava nas urgências do Hospital com uma sonda introduzida do nariz ao estomâgo... não será necessário explicar muito mais.

Urgências...

Perto dos 22 anos, acabara o curso universitário ( tendo entrado na Uni com 17) e casava-me... casei-me com o meu primeiro grande amor. Sim, o que conheci aos 14 anos. Foi um dia de plena alegria e concretização. Sentia-me a mulher mais Feliz que existia.

Sentia-me a mulher mais Feliz...

Aos 23 anos, divorciava-me e perdia a mãe, perdia o meu pedaço de Céu e perdia também o meu Mundo... aquela menina mulher, tinha perdido o sentido da vida e chorava pelos cantos. Não queria ouvir alguém, não sentia nada, não vivia e nem queria sobreviver. Ainda hoje não sei onde ganhei as forças...

Não sentia nada...

Aos 24 anos, abandonei tudo e todos. Segui com a minha vida de uma outra forma... com os olhos semi-cerrados e ao lado de alguém por quem sentirei sempre, mas sempre uma eterna gratidão. Consegui Abrir os olhos com o tempo.

Abri os olhos com o tempo...

Aos 25 anos, perdi a minha avó... e mais uma vez, perdia uma estrela na minha vida...

Mais uma estrela perdida...

Dos 25 anos e até aos 26 anos, não tive lugar certo... andei à deriva, que nem uma naufraga em busca da Ilha Perfeita... A minha fé havia desaparecido por completo e mesmo assim, eu tentava seguir rumo ao meu Sol.

Tentava seguir rumo ao meu Sol...

Aos 27 anos, encontrei um lugar no Mundo. Não era o lugar perfeito, mas era meu. Que revolução na minha vida... Novos conhecimentos, novo desejo de alcançar metas propostas, novas ambições, forças renovadas. Nunca ninguém me venha dizer que a força interior não faz Milagres, porque a minha fez!

Encontrei um lugar no Mundo...

Dos 27 anos aos 28 anos, notei diferenças em mim... a minha maneira de pensar, a minha maneira de agir. Perdi medos, aprendi a arriscar mais e mais... Ganhei forças para chegar ainda mais além, mesmo que contrariedades existissem. Aproximei-me dos meus irmãos, aproximei-me de amigos perdidos, acabei por me encontrar.

Arriscar mais e mais...

Agora com 29 anos... sorrio e penso: "Poderia ser melhor, mas o tempo tudo me trará, porque perder... já perdi tanto, e creio não ser merecedora de perder muito mais"...


E eu... nunca gostei da Pantera Cor-de-Rosa, mãe... eu nunca gostei! Eu nunca ta pedi! Eu nunca te pedi nada... eu somente queria o teu amor, o teu afecto... e nada mais. Eu Nunca gostei da Pantera Cor-de-Rosa, Mãe!...

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Gosto de...

Gosto de café - gosto de chá - gosto de massas - gosto de pimentos assados - gosto de cozinhar - gosto de martini bianco - gosto de licor beirão - gosto de vinho verde - gosto de vinho tinto - gosto de imperial - gosto de caracóis - gosto de petiscos - gosto de tascas - gosto de bons restaurantes - gosto de pipocas de manteiga - gosto de filmes de comédia - gosto de filmes de suspense - gosto de filmes de terror - gosto do garfield - gosto dos simpsons - gosto de teatro - gosto de cães - gosto de borboletas - gosto de furões - gosto de cavalos - gosto do campo - gosto do mar - gosto de estar deitada à beira de um lago - gosto de Sintra - gosto de Évora - gosto de Coimbra - gosto de viseu - gosto de viajar - gosto de acampar - gosto da noite - gosto de dançar - gosto de ballet - gosto de música - gosto de house - gosto de chill-out - gosto de blues - gosto de jazz - gosto de patinagem no gelo -gosto de sair com os amigos - gosto de me rir - gosto de fazer rir - gosto de gargalhadas - gosto de um abraço apertadinho - gosto de um beijo com carinho - gosto de beijar apaixonadamente - gosto de sexo - gosto de passar a mão pelos cabelos - gosto que me passem a mão pelos cabelos - gosto de cheiro suave a perfume num corpo - gosto de fragâncias suaves - gosto de cheiro dos lençóis acabados de lavar - gosto de almofadas grandes - gosto de me enrolar numa toalha macia - gosto de lareiras - gosto de tapetes felpudos - gosto de casas minimalistas - gosto da cor verde - gosto da cor branca - gosto da cor preta - gosto de pulseiras - gosto de malas - gosto de bébés - gosto de crianças - gosto de pessoas idosas - gosto da solidariedade - gosto de orquídeas - gosto de malmequeres - gosto de passar as mãos pelas plantas - gosto de macieiras - gosto de pessegos - gosto de nêsperas - gosto de trocar ideias - gosto de debater assuntos - gosto de criatividade - gosto de cumprimentar quem não me quer falar - gosto de falar - gosto de ouvir - gosto de olhar nos olhos enquanto falo - gosto do cheiro de terra molhada - gosto de pessoas teimosas mas com bom coração - gosto de telas enormes - gosto de arte - gosto de conhecer pessoas - gosto de conhecer lugares - gosto de conhecer culturas - gosto da sensação de dever cumprido - gosto que me peguem na mão - gosto da simpatia - gosto de saber que uma pessoa sabe ser humilde - gosto de recordações - Gosto de...

Gosto de tantas e tantas coisas que me fui esquecendo...

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Telefonema...

E há pouco mais de 30m, recebo um telefonema de um número desconhecido...
Perguntam por mim e eu pergunto de volta: " Mas falo com quem?"
Dizem o meu segundo nome... e eu de imediato concluí quem era!
"Como estás?" - interrogo.
"Optimo! Da ultima vez que falámos prometi-te arranjar um número da tua operadora telefónica e cá esta ele! Estou quase a ir para cima... e queria saber se querias vir comigo! Vou na 4ª feira à noite para que na 5ª possa levar o meu sobrinho à escolinha, o seu primeiro dia!" - responde-me.
"Obrigada, mas tenho ainda umas quantas coisas para fazer por Lisboa, pelo que só irei mesmo na 5ª; mas obrigada..." - disse-lhe.

E falámos, falámos e falámos ainda mais...

A nossa amizade desde sempre foi uma espécie daquilo a que se chama "amizade colorida", até ao dia em que ele amou alguém. Dei-lhe total liberdade e sempre o apoiei. Aconselhei-o a seguir com a sua vida em frente, acima de tudo. Houve uma altura em que nos "agarrámos" demais um ao outro e isso foi logo um sinal de que a nossa vida teria que levar um outro rumo. E assim foi.
Durante meio ano, não nos falámos, não nos vimos... mas as circunstâncias da vida levam-nos muitas vezes onde tudo começou.
Contudo, a amizade não voltou a ser a mesma. Eu já não consigo desabafar com ele como antigamente e ele faz um esforço enorme ( porque o sinto), para tentar levar tudo ao mesmo porto.
Icei a âncora do meu barco e ela nunca mais voltou a pousar no mesmo local... e de certa forma, lamento-o. Eu e ele davamo-nos tão bem...

Creio que não se apercebe da total realidade; que as coisas mudam, que os sentimentos se transformam e depois de tudo o que lhe aconteceu - que bem sei não ter sido fácil - permanece onde tudo parou... Mas eu, eu não. Eu voei para outros vales e montes e sou das que raramente regressa à mesma planície...

Vai aperceber-se disso com toda a certeza. Porém, também terá que compreender que por um dia ter sido uma estrela na minha vida, eu quis um pedaço mais de Céu... o que me levou a ver certas situações e momentos, de uma outra perspectiva.

E eu sei que ele vai tentar aproximar-se e eu sei que o vou ferir... mas a vida não é assim mesmo? Uns vão, outros ficam, outros fogem...

É... é isso...
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Eu escrevi-lhe...

E eu escrevi-lhe: " Tu foste o amor que poderia ter sido e que nunca foi..."

e

Fugi...


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sábado, 11 de setembro de 2010

Será pedir muito?...


E dizem que não há amor como o primeiro...

Realmente, o primeiro grande amor não se esquece, mas todos os outros por quem sentimos algo profundo, mesmo que não o possamos apelidar de grande amor, também não são por certo esquecidos.

Amei muito alguém, com todas as forças que haviam em mim; nele depositei todo o meu bem e o mal... Se o esqueci? Nunca. Impossível esquecer...
Como esquecer? Quem dera pudesse faze-lo mas não posso; quem dera pudesse afagar a dor no peito de me ter dedicado na totalidade e ter tido um fim...

Amei muito um outro alguém... e ele salvou-me. Se o esqueci? Nunca. Impossível esquecer...
Como esquecer? Como esquecer quem nos abre os braços no meio da desgraça? Como esquecer quem nos afaga o cabelo enquanto choramos de dor? Como esquecer quem nos abraça sentidamente e nos limpa as lágrimas olhando nos nossos olhos, pedindo para ver um sorriso nosso?

Magoei o primeiro e magoei o segundo... Também fiquei magoada.
Qual a dor maior? Pois não sei responder... Perder o primeiro grande amor? Ter perdido a paixão arrebatadora que me elevou a alma? Pois não sei...

Se me esqueceram? Não... sei que nunca esquecerão. Fizemos total diferença na vida de cada um.
O primeiro, embora tivesse família: pais, irmãos, avós, tios/as, primos/as... nunca havia sido amado por uma mulher, como o havia sido por mim.
O segundo não tinha o amor de alguém, não tinha o afecto familiar, não tinha pais, não tinha ninguém... e muito embora sempre tivesse tido os seus relacionamentos, nunca havia amado alguém, como me amou a mim.

Ao primeiro, ensinei-lhe a humildade, a coragem, o amor.
Ao segundo, ensinei-lhe a bondade, a segurança, o amor.
Ambos me deram o que de melhor tinham e ambos me ensinaram a confiança, a força...

E vieram mais e tantas outras paixões... que pura e simplesmente se esvaíram como que se de fumo se tratassem. Hoje gostava, amanhã já não... Hoje sim, amanhã não.
Há também os que lamento não terem acontecido por nunca saber o que poderia ter sido...

E é nestas alturas que dou por mim a orar a Deus, pedindo-lhe para que me mostre o caminho certo a seguir... o trilho parece-me apagado, sinto-me muitas vezes sem rasto... e não sei o que fazer. Por isso, tantas vezes fecho os olhos, sigo o meu instinto e acabo por errar... quando me sinto perdida, opto pelo trilho que me parece levar ao horizonte e acabo sempre por esbarrar em mais um Oásis... sedenta de sede, acorro a ele e afinal o Oásis não existe... Ilusão...

E anseio apenas por descobrir um lago, um rio... talvez estes me levem até ao mar...

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Bem hajam todos...



E dou por mim tão mais calma...
Creio que a vida se propusera a pregar-me uma enorme partida para que eu compreendesse o sentido dela.

Tantas festas, tantas noitadas, tanto alcool, tantos amigos, tantos homens... amor nenhum, sexo bastante...

Considero-me uma mulher responsável a nível profissional, respeitada a esse nível também; contudo... eu não vivo para o trabalho e quem me conhece dentro do escritório, não me conhece de todo fora dele.

O meu irmão ( aquele que considero a minha alma gémea), tantas e tantas vezes se surpreende comigo... Pergunta-me tantas vezes "Como consegues? Como consegues ser assim? És tão camaleónica..." - e eu sorrio e deixo andar.

A verdade é que não sou um bom exemplo para ele. Tem 25 anos, está naquela idade de arranjar um amor; não quero que passe por tudo o que já passei...
Trabalha, é bastante trabalhador ( orgulha-me que assim seja) e responsável acima da média. Diria mesmo que é responsável acima da média em tudo! Cuida de mim tantas vezes... Sempre que me "porto mal", é a primeira pessoa a rir-se das tolices e a dizer-me naquele seu tom de voz tão pacífico: " Oh sua tolinha... isto passa, deixa lá, não te preocupes!". Chego a pensar que ele é o irmão mais velho.
Aconselho-me com ele, conto-lhe tudo. Mais do que um irmão, é o meu melhor amigo e daria a minha vida e a outra por ele. Creio que o amor que nos une não se esgotará nesta breve vida e retornará numa próxima.

Não sou de facto um exemplo para ele. Sabe de todas as minhas aventuras e eu sei que no fundo, pede a Deus para que eu encontre o meu caminho. Vê-me "sozinha" há tanto tempo e chego a pensar que não namora e me diz que "ah... eu quero é curtir a vida e aproveitar!", pelo simples facto de eu também não amar alguém.
Já cheguei mesmo a pensar que me esconde os "seus amores"... e eu não queria que mos escondesse, porque mais que ninguém, eu somente queria sabe-lo e senti-lo Feliz por ter encontrado uma mulher que o ame e o valorize por tudo de bom que ele é, bem como com todos os defeitos que também possui.

Já não vejo a minha família há algum tempo, por opção própria. Sempre que estava com "os meus", os fins de semana eram sempre apelidados de "Pura loucura", e eu sei que não posso arrastar os que amo, comigo neste mundinho em que vivo.

Recordo-me perfeitamente de numa noite, eu e o meu irmão termos saído para uma discoteca ainda bastante longe do nosso apartamento... Martinis, bacardis, imperiais... Tantas, tantas! Chegou uma altura que olhei para ele e vi-o pálido... socorri-o de imediato. Vomitou muito, muito... ainda na discoteca.
Aguardei que ficasse melhor, entrámos no carro e coloquei-o no banco de trás. Uma amiga que trabalhava na discoteca, quis acompanhar-nos e sentou-se ao seu lado sem nunca lhe largar a mão...
Eu estava completamente alcoolizada, embora ciente do que fazia; mas por bem, um amigo nosso resolveu vir embora e conduziu o nosso carro.
Pela primeira vez, experieenciei algo comum com o meu irmão... entrámos em casa, ambos alcoolizados e acompanhados por amigos. Ela deitou-o na cama e dormiu agarrada a ele até de manhã. O nosso amigo, deitou-me também, deitou-se entretanto ao meu lado e quando acordei de manhã... deparei-me com ele acordado a olhar para mim.

Pela 1ª vez...

Sendo mais velha, temo dar-lhe maus exemplos e embora ele teime em dizer-me que "Não, tu és uma mulher fantástica mana. Nunca ouses pensar que sinto algo por ti que não seja puro amor e gratidão por tudo o que já fizeste por mim, pela mana, por todos. Amo-te e estarei sempre ao teu lado. Mesmo que cometas algo improprio, não te julgarei nunca, porque para mim... és um exemplo a seguir e eu se faço certas coisas, é porque simplesmente quero. Amo-te, sempre!", receio não superar um dia expectativas...

Contudo, hoje dou por mim em casa sozinha... calma, paciente, a ouvir musica relaxante... e a pensar que talvez um dia, eu consiga estar em casa acompanhada... calmamente, pacientemente, ouvindo musica relaxante... nos braços de um amor...

E bem hajam TODAS as pessoas que amo, que quero bem e que me ama, tal como sou...


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Milagres, acontecem?...



Por vezes queria tanto que me acontecesse um milagre!...
E também por vezes, quando menos espero... eles acontecem!

Que há coincidências... isso há!

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Jorge...Confesso-te.


E deixaram-me um comentário onde expressaram que sou uma mulher com conteúdo...
Falham-me as palavras para agradecer, mas expresso a minha forma simples de me ver: Vazia... Neste momento, Vazia.
Sem conseguir ter força para entrega, sem conseguir sentir algo profundo... resta-me um Vazio.

A pessoa que deixou esse comentário não o sabe, mas sempre ansiei encontra-lo e talvez compreender que se não dei a totalidade de mim até ao momento, era porque pura e simplesmente... não era ele quem estava presente.

Há coisas que simplesmente não explicamos, tocam-nos no coração e isso é quanto nos baste.
Ele tocou no meu e deixou marca eterna... e ele não o sabe, mas eu digo-lhe...

Tocaste-me sempre o coração, deixaste-o marcado e sem explicação, apenas e somente quero que saibas que há paixão nele por ti, sempre houve desde o dia em que trocamos as primeiras mensagens, desde o dia em que te ouvi pela primeira vez, do dia em que falei com a tua filha... creio que desde sempre.


Beijos, meu querido Jorge.


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Recordar...


Depois da tempestade vem sempre a bonança... e que bom, ela por fim chegar.

Ultimamente tenho andado distraída com as mudanças cá de casa. Sempre que posso, pego numa das 20 e tal caixas que ainda tenho por abrir na sala de jantar e resolvo arrumar tudo o que existe dentro dela...

Neste momento estava a arrumar uma em que escrevi: " Quarto - Gavetão da cama". Abri-a e qual o meu espanto quando encontro o album de família e amigos...
Peguei nele e sentei-me no sofá. Os meus cães fizeram o obséquio de me fazer companhia enquanto folheava o album e as lágrimas enchiam os meus olhos.

A minha avó... O meu avô... eu quando pequena... a prima que foi criada pela minha mãe, ao meu lado.
O baloiço... o baloiço construído pelo meu pai, teria eu uns dois ou três anos de idade...
A casa... a minha casa de infância. A casa que eu chamava "a casa de madeira".
A minha mãe... O meu pai... a minha madrinha que sempre me estimou e ainda hoje me trata como se sua filha fosse.
O tio Fernando com o seu uniforme do exército...

O Jorge a dar-me um abraço... o menino que me ofereceu um anel em prata quando fiz 8 anos e me prometeu que nunca me haveria de esquecer dele - e não esqueci. Sei que actualmente mora em vieira do Minho, sei também que casou e tem uma filhota.
O Bruno Duarte, o Bruno ( melhor amigo de infância) a quem dei o meu primeiro beijo! "Vamos dar um beijo à novela"; "Vamos!" - e assim foi.
A Sandra, que aos 9 anos partiu para o Luxemburgo com a família e voltei a rever aos 17 anos - encontrando uma menina mulher, já com um filho nos braços...
A Lisa ( irmã do Jorge) e os seus cabelos longos, que tante inveja me faziam por serem lisos e os meus, longos também, mas repletos de caracóis loiros.
A Carla, a minha querida carla... hoje uma mulher feita; mora em união de facto com o Filipe que bem sei que a estima e lhe dá todo o amor que nunca teve a não ser de mim. Tanta coisa vivemos... o desapêgo dos seus pais, a tristeza por saber do envolvimento da sua mãe com dezenas de homens... a tortura que era ouvi-los enquanto estudavamos na sua sala...
A Estela, a minha mentora do jardim de infância... aqueles olhos pintados que me assustavam no fundo, porque o exemplo de mulher que tinha em casa ( minha mãe) era tão simples... sem pinturas, sem máscaras...
E tantos e tantos mais... que me deixam saudades e outros tantos que saudades não deixam.

E é tão bom, por momentos parar e relembrar cheiros, vozes, sorrisos... e as lágrimas que teimam em rolar pelo rosto inundadas de saudades, não sei como, conseguem queimar-me o coração...

E existe algo melhor do que as boas recordações?...

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Talvez...

E talvez a tranquilidade tenha chegado... e que dure, dure o bastante para sarar as minhas feridas...

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Seremos nós Romeu e Julieta?...




Ai a Saudade que trago em mim... esta saudade que tanto me faz suspirar e preenche de dor...

Olhei nos teus olhos, tu olhaste nos meus... vi a tua alma e tu viste a minha.
" Estás igual" - disseste-me.
"Estás igual" - respondi-te.

Os anos passaram por todos menos por nós.


"Porque me fizeste isto? Porque? Tinhamos tudo..." - disseste-me...

Tínhamos tudo e na altura não tínhamos nada. Na altura esburacava em mim e somente encontrava um vazio... Tinha-te, mas queria mais... E tu sabes que que estavamos a viver o momento errado.

" Estás igual" - disseste-me.
"Estás igual" - respondi-te.

Os anos passaram por todos menos por nós.


Onde foi que nos perdemos? Porque nos perdemos?
Acredito que nos perdemos precisamente para nos voltarmos a reencontrar...

"Onde é que isto nos vai levar?" - interrogamo-nos.

Acredito que estejamos a viver algo semelhante às histórias que julgamos sempre ser ficção.

Romeu e Julieta

Um Amor impossível; desta vez um Amor com barreiras muito altas que conseguíriamos ultrapassar se voltassemos as costas ao "mundo".
Vemo-nos sós connosco mesmos; sem uma palavra de apoio, bem pelo contrário...
Ninguém deseja ver-nos juntos... as famílias estão em "guerra"; os amigos estão em
em constantes "batalhas"...
Os teus falam-te de mim inventando histórias mirabolantes para que sofras e junto com o teu sofrimento me esqueças de vez. Os meus, evitam falar-me de ti porque o seu interesse sou exclusivamente eu mesma. Uns destroem, outros cobiçam...

Não temos Paz, nunca a tivemos...

Encontramo-nos às escondidas de tudo e todos com receio do que possa surgir no nosso meio...
Vivemos esta história de Amor Impossível apenas sabendo que o que nos resta somos NÒS.

" Estás igual" - disseste-me.
"Estás igual" - respondi-te.

Os anos passaram por todos menos por nós.


"Só a morte..." - dizemos nós - "Só a morte conseguirá trazer Paz a estas nossas almas atormentadas por tudo e todos!"

E quando estamos juntos esquecemos a dor, esquecemos tudo e somente vivemos aquela imensa alegria de nos podermos beijar com o Consentimento Divino... Porque eu acredito que se ELE não quisesse, nunca mais em tempo algum, haveria um regresso aos meus braços, um regresso aos teus braços...

E fechamos os olhos naqueles breves momentos; eu encosto a minha cabeça ao teu Peito... sinto o teu suspirar... " O que é que faço contigo?..." - ouço-te...
E ficamos uma vez mais em silêncio...

" Amo-te! Sempre te Amei!"
"Amo-te! Sempre te Amei!"



" Estás igual" - disseste-me.
"Estás igual" - respondi-te.

Os anos passaram por todos menos por nós.



"Só a morte..." - dizemos nós - "Só a morte conseguirá trazer Paz a estas nossas almas atormentadas por tudo e todos!"


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Amor Eterno





E eu acredito em amores eternos!
E eu acredito que há amores que estão destinados um ao outro, vida após vida...
Somente ainda não acredito que esses sejam os amores mais Felizes!... Até ao dia... até ao dia...

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Passado... Presente... Futuro?

E por mais que teime em deixa-lo para trás, o passado também teima em perseguir-me...

Foste a primeira pessoa a criar-me "borboletinhas no estomâgo", foste o meu primeiro amor, foste o meu primeiro em tudo... e eis que continuas a ser o primeiro no meu coração.

Por mais que tente esquecer, será sempre impossível... e às tantas dou por mim novamente a olhar nos teus olhos como se fosse a primeira vez, e eu voltasse a apaixonar-me uma vez mais e outra e ainda outra...

Perguntei-te ontem ao telefone: " Sabes que dia é hoje"? E tu respondeste-me " dia 23 de agosto"... e em segundos lembraste-te... " 14 anos passaram, 14 anos"!

O tempo passa tão depressa... e nós conseguimos lembrar-nos de tudo como se fosse ontem, como se fosse hoje de manhã...

O Futuro? O Futuro não o sabemos! O Passado... o Passado foi duro com a gente! O Presente? O Presente está a ser cruel...
Neste momento temos a certeza de que nada ou pouco poderá ser feito. Queremos somente fugir para algum lugar onde possamos esquecer toda esta crueldade, mas damos por nós de mãos e pés atados...


E "cá dentro", sabemos que o destino somos NÓS... e mais ninguém quer ver isso...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Descobertas!




E hoje é dia/noite de descobertas!

Ao remexer em papéis na minha gaveta, descobri um cartão que fiz para o meu pai no dia do pai no ano de 1989... Descobri que realmente sempre estive certa e o meu Dom para o desenho, realmente não existe nem nunca existiu!!!

Descobri o Cd de música celta que imaginava andar perdido por outras bandas... afinal, estava dentro de um saco na arrecadação!

Descobri que ainda tenho guardado o frasco de perfume "Graffiti" da colecção (limitada) de ESCADA, que comprei juntamente com a minha amiga Carla, creio que em 2002, num centro comercial na Rua Braancamp - Ela casou-se passada uma semana e dissemos uma para a outra que seria a ultima compra de solteira, que ambas compraríamos.

Descobri que ainda tenho os bilhetes da minha viagem a Tenerife, onde gastei uma pequena fortuna num jantar em que saboreei apenas uma batatinha, um naquinho de javali e uma sobremesa de chocolate em forma de pirâmide que deveria ter 3cm por 3cm. Para terminar em grande: gaspacho (que detesto).

Descobri uma fotografia ( tinha 12 anos), onde se reflecte a alegria de uma família que nessa altura era Feliz...

Descobri um porta-chaves que me fora oferecido por um amigo meu que actualmente reside na Escócia e que já não vejo há mais de 7 anos.

E por fim, fecho os olhos... esboço um sorriso e penso: "E também te descobri"!


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Almoço...



Hoje fui almoçar com um amigo e eis que me dou conta de que afinal, a gentileza, a simpatia e a verdade, ainda existem!

Não o conheço há muito tempo, nada disso... Contudo a sua forma calma e ponderada de falar, deixa-me quase que inundada de harmonia e tranquilidade.

Explicar isto? Pois é muito fácil se não complicarmos; A nossa sociedade fez-nos conhecer verdades acerca das pessoas que infelizmente na sua maioria não tem uma história de vida feliz, e por sequência se tornam incapazes de ser puras. São as máscaras impostas por esta mesma sociedade, para que nos consigamos proteger de tudo e de todos. Mas para meu contentamento e satisfação, há quem consiga retirar essa máscara e dar-se ao conhecimento...

Poderão também não ter histórias de vida não muito felizes, mas deixam-nos olhar nos seus olhos e mostram a alma que há neles...
Por norma, são pessoas inteligentes, capacitadas de observação permanente e de bom coração.

Há quanto tempo não encontro alguém com um bom coração?... Parece-me que há uma eternidade...

Todos gostamos de demonstrar a nossa simpatia, o nosso bom caracter e tudo o que de melhor nos suporta... contudo poucos somos os que nos poderemos apelidar de GENUÍNOS.

E somos diferentes e ao mesmo tempo somos todos iguais... mas só lá no fundo, bem no fundo... E também ouso escrever que são as pequenas diferenças que podem existir entre semelhantes, que nos deixam surpreendidos e tantas vezes... tão mais Felizes! E vai lá uma pessoa compreender isto!!!


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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Sorte a minha!

Definitivamente, a fé e a sorte não abonam para os meus lados!!!

Acabo de receber uma mensagem: " Tou bue de bebedo. Nem sei como tou a enviar este sms. Bjs"
Só a mim! Só a mim!!! Ninguém merece!!!

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Coisitas, são coisitas!...

E há noites em que me apetecia receber um telefonema de alguém que realmente me compreendesse... Ou uma simples mensagem em que sentisse que afinal, a fé existe...

Há momentos assim... há coisitas, há coisitas!...


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Será?...



E porque tantas vezes nos sentimos confusos?

Será porque não sabemos o queremos?

Será que sabemos o que queremos mas não podemos?

Será que podemos mas não ousamos querer?

Queria somente encontrar sem procurar... que fosse um acaso normal mas não banal, da minha vida...

Será que não encontro?

Será que encontrei e não quero?

Será que quero mas receio não poder?

Será que não posso mas ouso querer?

Dar tempo ao meu tempo, nada mais me resta a fazer!

Eu sinto que ele anda próximo, eu sei que ele anda por aí... irei senti-lo num olhar, quem sabe num beijo...

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Espero que sejas Feliz!



Afinal, estava enganada, uma vez mais para não variar.
A verdade é que durante um curto período de tempo pensei mesmo que estava a gostar de alguém,não era tanto o gostar de alguém, mas sim o "gostar dele".
O tempo provou que não era verdade... e provou-me o quanto posso estar enganada acerca de uma pessoa.
Em três tempos, fez questão de apresentar-me à familia e eu cedi ( confesso que achava cedo demais, mas era de sua vontade...); em três tempos a irmã e a mãe me telefonavam a qualquer hora, queixando-se das dores que sofriam e do dinheiro que lhes faltava para a escritura de uma casa... Será desnecessário expressar a neura que sinto por também ter cedido a um empréstimo que me solicitaram... e que ainda hoje não me foi devolvido na sua totalidade.

A verdade é que eu e ele nos davamos bem, mas não eramos compatíveis! É uma especie de paradoxo... mas é assim que o entendo.
Eu tinha a garra, ele tinha o comodismo; eu "sofro" da alegria de viver, e ele pena por sobreviver; eu ria-me e ele ria-se por me ver rir sem entender o verdadeiro motivo; eu protegia-o e ele simplesmente se deixava proteger...

Lembro-me de lhe ter pedido para me deixar na Capela que havia sido remodelada e ele olhou-me com estranheza, entrou comigo mas rapidamente saiu... ( soube mais tarde que desde o falecimento do seu pai, nunca mais havia entrado numa igreja ou capela).

Eu olhava os seus olhos claros e via paixão, quiçá amor... eu percebia o que ele tentava expressar todo o seu carinho e eu interrogava-me: " Que conseguirá ver ele ao olhar nos meus olhos?" Quando fiz a mim mesma esta pergunta, senti que não estava a oferecer-lhe a minha totalidade e que tinha que terminar rapidamente com tudo o que se passava entre ambos.

Dois dias antes de dar por finda a relação, tive uma conversa com ele; uma conversa sobre amizades, sobre trabalho, sobre valores familiares, sobre mim, sobre ele... Recordo-me das suas palavras: " Das-me tudo o que nunca ninguém me deu... sinto que és o meu Porto seguro, nunca amei tão profundamente alguém e nunca senti um abraço e beijo como o teu... A tua compreensão traz-me paz e o que tenho aprendido contigo, serão lições para uma vida." - pensei " Meu Deus, sempre lhe ofereceram quase nada para ele julgar que o meu pouco é tanto.".
Tive que fechar o meu coração numa cela para que conseguisse terminar de uma vez. Não senti a sua dor, mas consigo imagina-la; não vi o azul dos seus olhos, mas sei que as lágrimas rolaram através deles; não vi as suas mãos mas acredito que tivessem tremido...

Nunca mais o vi; uma ou outra mensagem trocada e tenho a certeza de que é a atitude acertada. Eventualmente, sentir-se-á revoltado ou ainda em fase de negação, pois conoto o seu caracter mais bruto nas respostas às mensagens, mas não me importo...
Sei que um dia me irá esquecer, porque alguém se ha-de dedicar à sua alma e perceber que aquele menino Homem, merece tudo o que existe de melhor neste mundo e sentir-se-á completa ao seu lado.

Felicidades!

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segunda-feira, 26 de abril de 2010

T e P








Estás no meu coração... bem guardadinho.

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Surpreendida comigo

E eu disse-lhe que precisavamos de ter uma conversa... uma conversa séria; mas que para isso, eu precisaria também de ter certezas...

As certezas... fui ganhando tais certezas com o tempo. Hoje estou muito mais confiante e sinto-me segura.

Estou surpreendida comigo própria; estou perplexa e estou a gostar...

A ver vamos!

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Rendi-me a ti!




Rendi-me!

Estou rendida!

Se imaginaria isto? Não, de todo que não imaginava!

E as saudades são demais!...



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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ele, ele, ele...




Ele preocupa-se comigo e eu começo a render-me...

Ele conta-me as saudades que sente e eu fico comovida...

Ele não receia dizer o que lhe vai no coração e eu sou cada vez mais espontanea...

Ele não se preocupa com o que os outros dizem e eu começo a não preocupar-me também...

Ele é humilde e eu gosto assim...

Ele é sincero nas palavras e nas acções e eu já sentia a falta disso...

Ele gosta de mim... e eu...

Eu começo a gostar dele...


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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Não acredito que queres que me afaste....




"Ela é tão ciumenta! Ontem tive que mostrar-lhe as tuas sms e ela não quer que eu fale contigo..." - disse-me ele.

" Não quer que fales comigo?... Mas porquê? E tu queres que eu te deixe de falar?" - Perguntei-lhe.

" Não sei!" - respondeu-me.


A verdade é só uma: sim, eu e ele já tivemos "as nossas coisas", mas sempre nos restou, sempre consistiu, sempre houve a nossa verdadeira amizade.
Fomo-nos conhecendo e falando sempre que nos era possível. Desabafámos, chorámos, rimos; a verdade é que solidificámos a nossa amizade.

Como será possível tu ousares admitir que poderás deixar de falar-me por causa de uma mulher?
Que nome poderei eu dar a isto que sentias? Amizade de Ocasião - porque te sentias só, porque ninguém te ouvia?

Eu que perdi uma amiga de 12 anos por um mal entendido da tua parte...

Farei o que desejas, afastar-me-ei, mas a minha palavra é Uma e apenas Uma: JAMAIS haverá um regresso. - esta foi a tua escolha errada!

Traição, proposta, confusão, escolha errada... ---» farás um dia todas as ligações...

Continuo a desejar-te a Felicidade Plena, porque mereces meu querido, porque mereces e eu irei sempre gostar de ti,sempre.
Mas compreende que: Jamais - é uma das palavras mais fortes que existem e existirão na nossa vida.


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Regressar...




Sempre soube que ele a não havia esquecido...

Tantas vezes colocamos a "tal" máscara de forma a que os outros não consigam e nem ousem sequer descobrir o que realmente sentimos...
Contudo, há certos sentimentos que muito dificilmente ocultamos a quem já nos conhece melhor.

" Ela está a dar-me a volta à cabeça! Achas normal?" - leio numa sms da sua parte.

" Gostas dela?" - pergunto-lhe.

" Recordo-me dos bons momentos que passámos, deve ser por isso." - responde-me.

Não meu querido, não é por esse motivo... Em certas alturas da nossa vida temos que admitir o que nos vai na alma, o que sentimos no coração.
Ela escondeu-te algo, escreveria quase... imperdoável; mas se gostares dela verdadeiramente, tudo o resto se torna menor e sem importância...
E o que se passou entre ambos nunca teve um fim certo.Poderá dizer-se que este foi o vosso período de reflexão e de certo modo, de descobertas.

E tu, tu descobriste em ti que continuas apaixonado por ela, e eu... eu apenas desejo que sejas Feliz! Com ela, sem ela... isso para mim não faz diferença; desejo apenas e somente a tua felicidade.


Por agora, apenas te aconselho como tua amiga que sou,

Vivam a vossa história até ao FIM!


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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Eu e Tu... nunca seremos Nós




Impossível não pensar em ti...

Impossível não te querer para mim...

Impossível não te querer ao meu lado...

Impossível não me sentir especial quando me dizes ao ouvido, sem receios: " Adoro-te tanto!... E as saudades são imensas..."

E saber que Impossível é tornarmo-nos NÓS em vez de sermos apenas EU e TU...

E dói... Dói muito sabê-lo e não desejá-lo...


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Meu querido




Sei que haverá muitos/as que se identificarão com o que irei escrever...

Meu querido,

não sei se nos apaixonámos à primeira vista. Mas estou certa de que algo mágico aconteceu a primeira vez que te vi. E ainda hoje, quando te vejo rodeado de pessoas, sinto que não existe nada com uma magia tão forte como o teu olhar profundo à procura do meu.
Que revolução poderemos provocar; uma transformação tão completa nas nossas vidas, os riscos que poderemos correr, quantas provações poderão chegar!...
E mesmo assim, olhando para trás neste ainda que breve período de tempo, mais me convenço de que esta paixão teimosa, forte, origina uma força devastadora, pois desafia tudo e todos...
Acreditas em mim... já dei por mim a pensar que acreditas ainda mais que eu propria. Isso ( vai-se lá saber porquê!) muitas vezes enfurece-me. No entanto, essa tua confiança tem sido um grande apoio e de certa forma uma fonte de energia a que recorro quando as minhas forças começam a falhar...
Ter-te conhecido - julgo que nunca to disse - fez com que acreditasse ainda mais em Deus. Quem, senão Ele, ter-me-ia elegido - entre todas as pessoas do mundo - para ser a mulher para a qual olharias naquela noite... Olharias mas, de forma mais especial? Quem, senão Ele, poderia ter imaginado este incrível milagre de nos encontrarmos?

Como sou humana e limitada, não usarei o tempo futuro para falar desta Paixão...
Não sou dona do teu futuro nem sequer do meu...
Por isso, ultrapassando a gramáticas ou as concordâncias, digo-te: Adoro-te muito hoje... amanhã não sei!


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terça-feira, 13 de abril de 2010

Vamos?




Que seca!...

Que tédio!...

Tanto trabalho!... Pouca vontade de o fazer...

A Andreia bem me tenta elevar a moral, mas nem assim o meu humor se eleva!

Apetece-me mudar o rumo... Apetece-me fugir...

Vamos fugir para longe? Aventuras-te comigo?

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sábado, 10 de abril de 2010

Regressar à fase adulta

E hoje voltei a olhar para os fatinhos de trabalho... as calcinhas engomadas, as camisas, os casacos, os sapatinhos e as botinhas; e pensei: "... Horas de voltar a ser adulta!"

E já sinto saudades... Nunca deixando de ser "criança", deixa-me mais uma vez passar à fase adulta para mais tarde regressar a ser quem sou...

E sinto que sou camaleónica, e sinto-me assim tão bem...

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Relembrar...

"Concordo com a tua frase." - escrevi-lhe eu no messenger.

E ele responde-me: " Podes não acreditar, mas ia telefonar-te mesmo agora!"
E telefonou-me mesmo assim...

Falámos sobre a Pascoa, sobre a filha dele, sobre ele, sobre mim e sobre Nós.
Recordámos o que já passámos e comentámos sobre o que está para vir.

Outubro, foi em Outubro... Relembrámos. Foi nesse mês que por acaso do destino nos cruzámos pelo mundo; ele estava com a câmara fotográfica e eu simplesmente ia a passar quando ele me aborda e tira uma foto de repente. Comecei a rir-me para ele e os olhos dele brilharam para mim...

- " Sou o (....) e reparei que temos amigos em comum. Já te vi ali com um no balcão!" - apresentou-se.

- " Sim, sou mesmo amiga dele. Muito prazer, sou a "Mary". - respondi-lhe.

Palavra puxa palavra e acabámos por nos sentar a conversar quase toda a noite. Percebi que era extremamente sociável, muito conhecido entre todos e simplesmente dotado de uma enorme simpatia - sem excluir a sua beleza exótica que arrepiava qualquer mulher que o olhasse.

Contou-me que era divorciado, que tinha uma filha e falou-me dos seus hobbies e da sua vida profissional.
Rimos muito toda a noite e percebi que tinhamos o gosto comum de nos conhecermos melhor.
Na noite seguinte, jantámos juntos. Na noite depois dessa ele convida-me para um café na sua casa, que acabou por nem ser café mas sim um outro jantar feito por ele!
Achei curioso ele cozinhar tão bem... e adorei a sua gentileza.

Se nos envolvemos? Aiii... se nos envolvemos!
Recordo-me de estar no seu hall de entrada e de repente de me sentir encostada à parede!... Agarrou-me de tal forma que ainda hoje quase que consigo sentir os seus braços em redor do meu corpo...

E voltamos a estar juntos uma e outra vez.
Não houve final; somente nos fomos afastando devido ao trabalho de ambos, horários, compromissos... A nossa amizade ficou sempre!
De tempos a tempos telefonamo-nos. De tempos a tempos recebo um convite dele para uma festa, um evento... Por vezes vou, outras vezes não.

Importa mesmo que não nos esquecemos... e eu sei que há um pormenor que o irá sempre perseguir pela vida; ele não o esquece e a mim da-me vontade de sorrir.
E faz questão de mo recordar sempre que fala comigo...
Afinal de contas, cada mulher tem o seu fascínio, tem o seu truque, tem o seu segredo...


P.S - E hoje às 11h recebo logo uma mensagem dele: " Hello... Só para te mandar um beijo... :)* " - e quase que apostava que hoje fui um dos seus primeiros pensamentos matinais...


E a vida é mesmo assim, por isso... Sigaaaaa!

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sonhei com ele...

E recebi uma mensagem dele pela manhã, onde li que não conseguia parar de pensar em mim...
O mais incrível é que esta noite sonhei com ele... não sei bem o que sonhei, sei somente que foi com ele.

E ele sabe que realmente não é muito bom não deixar de pensar em mim, porque ao faze-lo, irá magoar-se e não é essa minha intenção.

Mas e eu? Porque pensei nele ao deitar-me e acabei por sonha-lo?

Talvez porque para ele eu serei sempre real, mas para mim ele não passará de um sonho... é isso, um sonho que não quero ou que apenas não posso, tornar realidade...

Perdoa-me!

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Quando...




Quando encontrares alguém e esse alguém fizer o teu coração parar de funcionar por alguns segundos, presta atenção: poderá ser a pessoa mais importante da tua vida.
Se os olhares se cruzarem e, nesse momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fica alerta: poderá ser a pessoa que esperas desde o dia em que nasceste.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, percebe: existe algo mágico entre os dois.
Se o primeiro e o último pensamento do teu dia for essa pessoa, se a vontade de ficarem juntos chegar a apertar o coração, pára e reflecte: não será amor?

Por isso, presta atenção aos sinais - não deixes que as loucuras do dia-a-dia te deixem cego para a melhor coisa da vida...

O seu nome? Não será preciso repetir...

Sente-o apenas...

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Com o tempo...

Depois de algum tempo, acabamos por aprender a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentarmos uma alma. E aprendemos que amar não significa apoiarmo-nos, e que companhia nem sempre significa segurança. E começamos a aprender que os beijos não são contratos e presentes não são promessas.
Aprendemos a aceitar as nossas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

Aprendemos com o tempo, a construir todas as nossas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair muitas vezes a meio do caminho.

Com o passar do tempo, aprendemos que o sol queima se ficarmos expostos por muito tempo. E aprendemos que não importa o quanto nos possamos importar, algumas pessoas simplesmente não se importam e nunca se importarão... E aceitamos que não importa quão boa seja uma pessoa, e que ela pode ferir-nos de vez em quando e que nós precisamos de perdoá-la por isso.
Aprendemos que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobrimos também que se levam anos para construirmos confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podemos fazer coisas num instante das quais nos arrependeremos para o resto da vida.
Aprendemos que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que temos na vida, mas sim quem temos na vida. E que os bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendemos que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebermos que o nosso melhor amigo e nós mesmos poderemos fazer qualquer coisa, ou nada, e mesmo assim poderemos passar e ter bons momentos juntos.

Descobrimos que as pessoas com quem mais nos importamos na vida partem muito depressa, por isso sempre deveremos dizer sempre aos que amamos palavras sentidas e verdadeiras, pois poderá ser a última vez que os vejamos.
Aprendemos que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começamos a aprender que não devemos comparar-nos com os outros, mas com o melhor que poderemos ser. Descobrimos que se leva muito tempo para nos tornarmos a pessoa que queremos ser, e que o tempo é curto.
Aprendemos que não importa onde já chegámos, mas sim para onde estamos a ir, mas se por algum motivo não saibamos para onde ir, então qualquer bom lugar serve. Aprendemos que, ou controlamos os nossos actos ou eles irão controlar-nos, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem os dois lados "da moeda".

Aprendemos que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendemos que paciência requer muita prática.
Descobrimos que algumas vezes a pessoa que menos esperamos que nos ajude a levantar quando caímos, é precisamente quem faz toda a diferença.

Aprendemos que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que aprendemos com elas do que com quantos aniversários já celebrámos. Aprendemos que há mais dos nossos pais em nós do que supunhamos. Aprendemos que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são apenas fantasias, pois seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprendemos que quando estamos com raiva temos o direito de estar com raiva, mas isso não nos dá o direito de sermos cruéis. Descobrimos que só porque alguém não nos ama da forma que gostaríamos, não significa que esse alguém não nos ame, mas simplesmente não sabe como demonstrar ou viver isso.
Aprendemos que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes temos que aprender a perdoar-nos a nós próprios.
Aprendemos que com a mesma severidade com que julgamos, poderemos em algum momento ser também condenados. Aprendemos que o tempo não é algo que possamos fazer voltar para trás.

Portanto... Vamos plantar o nosso jardim e decorar a nossa alma, ao invés de esperarmos que alguém nos traga flores.
E aprenderemos que realmente podemos suportar tudo... que realmente somos fortes, e que podemos ir muito mais longe mesmo que pensemos não poder dar mais nem um passo. E acima de tudo, aprendemos que a vida tem valor e que nós temos muito valor diante da vida!


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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Porque há pessoas especiais... Esta é também para ti!




Ele foi uma lufada de ar fresco na minha vida...
Foi alguém que apareceu no momento certo, na hora certa, na situação menos esperada...
Como esquecer a primeira vez que o vi? Impossível! Ri-me de imediato mal o meu olhar cruzou com o dele.

- " Quem é?" - perguntei a quem estava ao meu lado.

Identificaram-no e passados 2 minutos, já ele estava sentado ao meu lado. Não nos largámos toda a noite.
No dia seguinte vi-o e mais uma vez estivemos juntos nessa noite e trocámos um ou mais beijos no carro...
Na noite seguinte foi inevitavel... Passamos a noite juntos... Essa noite, a noite seguinte e a outra...

Ficámos amigos! Uma ideia que estamos constantemente a repetir.
Longas conversas ao telemovel, mais uns quantos encontros...
Amigos! Sempre a ideia vincada!

Numa segunda-feira decidimos...

- " É preferivel pararmos com isto que tem acontecido!..." - disse-lhe.

- " Era mesmo sobre isso que queria falar contigo... Falamos tanto e eu gosto de falar contigo, mas rouba-nos tempo!" - respondeu-me.

E afastamo-nos repentinamente... Percebemos que teria mesmo que ser assim e assim foi.

Mas o destino como sempre curioso, tanto afasta como une as pessoas uma ou mais vezes... e foi o destino que quis que nos voltassemos a encontrar uma vez mais...

Sabia que o iria ver certamente, mas se pensava em voltar a "estar com ele"? Não... a verdade é que quis acreditar que nunca mais nos iríamos envolver.


Estava errada...

Impossível resistir... A sua boa disposição, o meu à vontade com ele, a compreensão existente, a "química" que há...

Amigos! Só e unicamente amigos! - Vincamos uma vez mais a ideia...


Ele sabe que pode seguir com a vida dele em frente sem dar-me explicações; eu sei poderei fazer o mesmo, mas aconselho-me com ele, porque nele confio...

Amigos! Sempre a ideia...

Um dia destes ele estará com alguém e eu com outro alguém... e olharemos para trás e sorriremos com toda a certeza.
Eu irei sorrir pelo simples facto de o ter tido e ele pelo simples facto de me ter tido

Se escondemos? Nem que quisessemos esconder, meio mundo sabe. Somos apenas discretos porque os amigos são assim mesmo... Por vezes duas pessoas têm um "mundo" só deles em que não deixam entrar mais alguém, porque pura e simplesmente não vale a pena deixar uma porta aberta... porque o "mundo" é nosso e de mais ninguém.

"... Juntamo-nos daqui a 5 anos, no dia da Primavera!" - repetimos em conversas.
" ... Um Ricardo e uma Sofia!..." - comentamos.

E ele sabe que tem um lugar cativo no meu coração; ele sabe que não suporto a ideia de alguém lhe querer mal, de lhe fazerem mal...
Ele sabe que não perdoaria que o magoassem...
Ele sabe que poderá sempre contar comigo...

E eu sei o que já vivi e sei o que ele ainda tem a viver...

E eu sei que ele sabe que eu sei que ele sabe, tanta coisa, tanta coisa... e ele sabe que eu sei que ele sabe que eu sei, que há silêncios sagrados...

Amigos! Só amigos! - Mas porque estamos sempre nós a vincar esta mensagem?

Existe receio de quê?

Um dia lá saberemos... Porque o tempo, como sempre, nos traz todas as respostas.

Se escrevi tudo sobre ele? Não... porque há palavras que não definem, há palavras que não exprimem, há palavras que não demonstram...


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Biscoito e o seu significado




Em conversa com o Ruizinho, lá calhou falarmos sobre os típicos biscoitos da nossa região.
E não é que ele me ensinou o que queria dizer Biscoito!?! São aquelas puras curiosidades que aprendemos um dia e sabemos lá nós porquê, nunca mais esquecemos!

Pois aqui deixo o seu significado:

Biscoito, do latim biscoctu, significa "cozido duas vezes".

- " É por isso que é BIScoito! Bis = duas vezes!" - disse-me ele.

Ruizinho, tantas vezes te digo isto... " Ruizinho, és tão culto!!!"


Um beijo enorme em ti, meu querido Rui.

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Sinto




Sinto-te em mim,
Sinto-te naquilo que fui,
Sinto-te naquilo que sou,
Sinto-te naquilo que poderia ter sido...

Sinto-te e é esse meu sentir que me faz deixar-te para trás...

Para que tu possas

Sentir-te noutra,
Sentir-te naquilo que um dia foste,
Sentir-te naquilo que és,
Sentir-te naquilo que poderia ter sido...

Porque há coisas que simplesmente não compreendemos porque as fazemos... Deixo-te apenas, porque sei que serás mais feliz.

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